Cai a noite.
Sob o manto da sombra
O braseiro é um bálsamo
Que sara o aguilhoar
Dos escorpiões do frio.
Ardente, talhou as mantas,
O nosso cálido abrigo
Onde frio se não consente.
O incêndio na lareira
(Nós olhando fascinados
E a grande taça de vinho
Que vai passando em redor)
Mal nos permite a intimidade
E logo nos afasta.
É uma mãe,
Que umas vezes nos amamenta
E outra nos retira o peito.
(versão: Adalberto Alves)
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