descer para o vale.
É a hora do lobo e dos medos nos invernos
antigos.
Na aldeia súbita que se desvenda, elas dançam
em círculo,
agitando as lanternas,
mas tu não sabes que prodígio se constrói no
âmago das trevas.
Elas cantam,
mas tu,
viajante das noites profundas, não conheces
o idioma das rainhas destronadas pelo dia.
A sua música de guizos vai para onde vais.
A água das levadas pára, transformada em
pedra.
O mar é negro e sobe até ao céu e depois
cai, como a grande solidão,
sobre as espáduas.
Em frente, na colina do terror, o teu filho
chora.
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